domingo, 23 de agosto de 2009

O beijo da flor

Cores, luzes, sons, sentidos... sentidos! O sinal de fumaça alertava: - Prepare-se! Destino ilusório!

Parecia perdido, nem vendo para o mundo. À medida que o show avançava despertava para os prazeres da alma de maneira natural, solto. Parecia... Os sentidos floriam. Tudo era gosto.

Ela se apresentou a ele na hora certa, à sua hora, uma hora íntima. A conversa teve poucas linhas, na verdade quase nenhuma. Primeiro como de costume, a apresentação, depois o beijo. Costume?! Mas é que algo parecia mais para eles, e o resto totalmente desnecessário. Todo algo tem seus pormenores. Descrevê-los... talvez... a título de curiosidade... mas é que também me é curioso... de maneira que prefiro ficar em igualdade com você... curioso!

Mentira.

O destino se fez mais uma vez. O importante é o que guardou, aquilo que fica na ilha que temos, aquela habitada por nós. Tudo é interior. Ela, acessa, o acendeu com um beijo. Um beijo! E o beijo, trem de embarque apenas, permitiu o mergulho no ser.
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*Esse texto foi revisto e publicado hoje... quando foi publicado pela primeira vez teve um fato que me chamou atenção: uma árvore na av. Bezerra de Menezes por força de mãos que constroem teve seu destino consumado, o chão.
**"Riders run dry but there's no line on his brow - Os rios secarão mas não haverá uma ruga em sua testa" (David Gilmour - A Pocketful of stones do disco On an Island 2006)

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